LawTech x LegalTech

Afinal quais diferenças são entre LAWTECHS OU LEGALTECHS?

São nada mais do que Startups, que desenvolvem soluções OTIMIZADORAS, FACILITADORAS E INOVADORAS para área jurídica.

O conceito de legaltech, quando desmembrado e traduzido para o português, significa tecnologia legal ou tecnologia jurídica. No exterior, as legaltechs prestam serviços direcionados aos profissionais do próprio mercado. Já a lawtech, por sua vez, buscam desenvolver soluções para quem é público final desses serviços jurídicos.

No Brasil, no entanto, a diferença não existe. Do ponto de vista prático, lawtech e legaltech são a mesma coisa. As duas, por exemplo, cumprem com o mesmo papel de usar uma base tecnológica para suprir as demandas do setor. Independente do seu objetivo ou proposta, lawtech e legaltech são consideradas iguais.

Este mercado se mostra ser bastante promissor, tanto que a Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L) registrou mais de 50 Startups Jurídicas no País. Hoje as Lawtechs são divididas em 11 categorias:

1. Analytics e jurimetria;
A partir da coleta e da análise de dados jurídicos, algumas lawtechs oferecem soluções que contribuem para o entendimento de como os casos são julgados. Algumas plataformas conseguem medir, inclusive, a porcentagem de êxito de um processo baseado em jurisprudência.
Um exemplo de lawtech desse setor é a Digesto, um serviço de busca de jurisprudência e organização de repositório.

2. Automação e gestão de documentos;
Nós até procuramos, mas não encontramos nenhum estudo que tivesse medido o tempo gasto com a criação e o preenchimento de documentos nos escritórios de advocacia. Infelizmente, vamos ficar devendo esse número, mas você deve concordar que essas tarefas consomem muitas horas da semana, não é mesmo?Sabendo disso, algumas lawtechs criaram softwares de automação de documentos jurídicos e gestão do ciclo de vida de contratos e processos. O maior benefício que você pode ter com esse tipo de solução é a economia de tempo. Assim, o profissional e o escritório podem se dedicar mais às questões fundamentais da advocacia.
A Linte, por exemplo, se enquadra nessa categoria ao oferecer uma solução para gerenciar processos e contratos.

3. Compliance;
São empresas que se dedicam a promover ações voltadas para o cumprimento das normas legais nacionais e internacionais que são estabelecidas para as atividades de determinada companhia. Tratam-se, portanto, de ferramentas que buscam desenvolver e disseminar de uma cultura de integridade nas empresas, evitando o risco de que elas sejam penalizadas por irregularidades administrativas, legais e éticas, por exemplo. No Brasil, uma startup referência nesse quesito é a Ventura, que oferece melhores práticas empresariais e compliance.

4. Conteúdo jurídico, educação e consultoria;
São, basicamente, portais de informação, legislação e notícias ou consultoria. A ideia é noticiar e manter seus usuários informados por meio de conteúdos desenvolvidos de forma profissional. Um exemplo clássico lawtech com essa proposta, hoje, é o Jota, portal de notícias jurídicas. Embora recente no mercado, o Jota já se consolidou como referência em notícias jurídicas, acompanhamento de bastidores e análise das decisões proferidas nos tribunais.

5. Extração e monitoramento de dados públicos;
São empresas focadas em monitorar e promover a gestão das informações públicas que estão disponibilizadas para consultas online. A ideia, portanto, é reunir esses dados e apresentá-los aos juristas de diferentes maneiras, conforme a necessidade e a possibilidade de apontar novas oportunidades e nichos de mercado. Um bom exemplo de lawtech nisso no Brasil é o BipBop. Por meio da captura de dados da internet, o sistema facilita a busca e atualiza as informações de forma automática a partir da base de dados interna.

6. Gestão jurídica;
As startups dessa categoria são uma das mais numerosas em funcionamento no país hoje. Tratam-se de empresas especializadas em oferecer ferramentas que ajudam na gestão da rotina dos escritórios de advocacia e departamentos jurídicos. É o caso, por exemplo, do SAJ ADV, que ajuda centenas de advogados a otimizar seu tempo e organizar a gestão financeira, de tarefas e de processos do escritório ou departamento jurídico. Outro diferencial do software é a atuação em nuvem. Isso significa, por exemplo, que o sistema libera os profissionais de ficarem reféns de um único computador que centraliza as principais informações da rotina e das demandas jurídicas. Dessa forma, todos os dados e documentos podem ser acessados e consultados de qualquer lugar e a qualquer hora.

7. Inteligência artificial;
São empresas que trabalham com soluções de inteligência artificial voltadas para a rotina dos tribunais e do poder público, de forma geral. É o caso, por exemplo, da LegalLabs e da Evojus, que realizam buscas de dados de processos e jurisprudências com mais assertividade.

8. Redes de profissionais;
São sites e redes de conexão que envolvem operadores do Direito, democratiza o conhecimento jurídico e permite que pessoas e empresas encontrem advogados de forma mais fácil em todo o país. Trata-se, portanto, de ferramentas tecnológicas que ajudam na prospecção de clientes. A lawtech mais famosa desse segmento no país é o JusBrasil. Como se sabe, o sistema se tornou referência no país ao oferecer um banco de dados completo de jurisprudência. Mas, além disso, o JusBrasil também atua como rede social, auxilia advogados em início de carreira e.

9. Regtech;
São empresas que oferecem soluções tecnológicas capazes de resolver problemas gerados pelas exigências de regulamentação. É o caso, por exemplo, do SigaLei. Tal lawtech analisa dados de diversas fontes para facilitar o monitoramento legislativo automático e influenciar o poder legislativo em todas as esferas.

10. Resolução de conflitos online;
Tratam-se de empresas que se dedicam a buscar uma solução online para os conflitos entre as pessoas sem a necessidade de recorrer à Justiça, por exemplo. São, portanto, soluções tecnológicas que envolvem a mediação, a arbitragem e a negociação de acordos que se apresentam como formas alternativas ao processo judicial. Um exemplo de lawtech desse segmento é a Sem Processo, que conecta advogados de ambas as partes para negociar acordos a respeito de uma demanda judicial em curso.

11. Taxtech;
São empresas que desenvolvem plataformas e soluções tecnológicas voltadas especificamente para questões tributárias. Um exemplo é a Busca Legal, que oferece acesso especializado a jurisprudências e conteúdos diversos e consulta à tributação de determinado produto.


Texto: AlexHolanda

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